sexta-feira, janeiro 25, 2008
Imagine uma floresta vazia, impávida, cheia de árvores de todos os tipos e tamanhos, donas de fortunas incalculaveis e sedentas de tantas outras vãs. Será que se uma árvore desta tombar frente as atrocidades que cometeu durante sua existencia, das especies humanas que ajudou a dizimar, dos minerais que sugou do solo para fomentar sua fome insana, do oxigenio que produziu em troca do gas carbonico que tirou do convivio de outras especies menos favorecidas. Será que ouviríamos esta arvore cair por terra? Será? Quem se importa...?
CABISBAIXO
Diante de qualquer incerteza acabamos nos prostrando a espera de que alguem nos conduza pelas mãos. Nos conduza pelos caminhos estreitos que as vezes não queremos mais percorrer. Diante das incertezas o coração gela, a mão sua, os pensamentos vagueiam. Vagueiam tão longe que as vezes achamos que nunca mais voltarão. E se realmente não mais voltarem? para onde poderão ir? Alguém em algum dia os alcançarão? Saberão o que significam? A abstração da mente humana, as vezes insanamente nos apoquenta. As indagações perpetuam estas sensações e esvairidos os nossos corpos quase ja não pesam e quase alçam voo e seguem os pensamentos que antes ja nos deixaram. Um grito agudo alto e estapafúrdio busca o caminho da boca numa louca vontade de chamar a atenção para que nos acudam, mas sem forças apenas o imaginamos, diante de nossas vergonhas o engolimos de novo. Quieto fitamos o horizonte na esperança de encontrar a saida e o apogeu da alma. Cansados esperamos o tempo abrir, as forças voltarem e a jovialidade perdida pelos anos idos retornar, talves em vão...Quem poderá saber? Quem nos dará esta mão? Quando pararemos de ser incompetentes? Não sei...realmente não sei...
segunda-feira, janeiro 14, 2008
FORNO A LENHA
De acordo com o principio da causalidade, auto-evidente que é, ainda que para alguns possa ser despercebido, “tudo que surge é causado por outra coisa que a precedeu” tudo que existe, minuciosamente pensado, nada mais é que esta coisa perpetuada e ampliada”, adida de mais qualidades, ou simplesmente adida de “coisa” a “mais” e este “mais” pode ser, realmente, qualquer “coisa”. Diante desta premissa e, estando tudo co-relacionado, e evoluindo de maneira a perpetuar, penso que não cabe buscar questionar se é possível que a tecnologia, que coisa concreta também não deixa de ser, chegará a um patamar avantajadissimo, mas sim pensar em uma projeção temporal acerca de quando isso se dará, já que neste caso, com toda certeza, é mera questão de tempo. A tecnologia é algo presente em todas as facetas da vida humana, mas muitos não se dão conta disso e paradoxalmente falando, se se perguntar à alguém, das possibilidades tecnológicas, muitos, senão souberem responder, acharão impossível que esta tecnologia chegue a tal patamar, porem, por outro lado, não percebeu ainda o estagio em que nos encontramos tecnologicamente. Falemos, portanto, e para tentar buscar entender este pensamento, em termos da lógica, adotando como exemplo, a progenitura de algo qualquer, ou mesmo a adoção de algo abstrato, por exemplo, de um triangulo: algumas pessoas pensarão, ou argumentarão que será imprescindível e necessário que este triangulo tenha três lados, mas filosoficamente falando, não será necessário que alguma coisa de três lados tenha que existir e acabe vindo a ser um triangulo. Mesmo que isso fosse logicamente necessário que existisse, não significaria necessariamente que realmente existisse. Por outro lado, existirão pessoas que ignorarão terminantemente tal assunto, já que não o percebe. Na melhor das hipóteses, essa objeção é valida apenas para um argumento ontológico. Aqueles que não crêem em nada, não precisariam imaginar esta coisa, (e a maioria deles não imagina mesmo), como algo logicamente necessário, mas, por outro lado poderá idealizar esta mesma coisa de forma logicamente necessária, sendo assim, é logicamente possível que nenhum triangulo exista, mas se existir, será necessário que tenha três lados. Desta forma e em outras palavras, é, também logicamente possível, que alguma coisa criada não seja necessária, mas se uma coisa necessária existe, é imprescindível a necessidade de que exista, então sendo, este algo necessário deverá existir necessariamente. (realmente é para confundir...) A tecnologia poderá muito bem, se enquadrar neste pensamento, pois rudimentarmente, ela sempre existiu, mesmo quando ainda éramos coletores, sendo a mesma mais minuciosamente elaborada quando nos assentamos e passamos a cultivar e a criar para sub-existir. Outrossim, e para tentar afirmar a pífia tese abordada, não devemos nos esquecer que a projeção tecnológica que conhecemos, segue uma matemática própria, pois se considerarmos os avanços alcançados desde a revolução industrial, que ao meu ver foi o divisor de águas desta própria tecnologia e, o estagio que atualmente alcançamos, é simples prever onde poderemos chegar, sendo ainda “impensável” as coisas que poderão ser criadas, haja visto que o marco divisor foi à época, simplesmente uma maquina movida a vapor... As inúmeras ramificações da ciência, as quais, atualmente se mesclam com outras áreas do conhecimento humano, demonstram ser possivelmente cabível a junção da robótica com a genética ou quem sabe algo ainda impensável para o momento, o que poderá gerar, senão órgãos semelhantes aos nossos, destinados a inúmeros fins, talvez algo cabível de se alcançar a ponto de se chegar perto da criação humana. Porém, a partir deste ponto, muitas indagações surgirão acerca da questão moral, a qual tem sim um peso muito importante na sociedade humana, mas que não deverá ser nunca mais (e nem deveria ter sido em tempo algum), confundida com os retrógrados dogmas teológicos e as aversões corriqueiras da igreja, a qual, enquanto possuir, mesmo que intrínseco, o poder de Estado e não acompanhar a evolução do homem de forma coerente, com certeza muito se perderá na imensidão dos transtornos compulsivos e dos pecados que talvez nem mesmo tenhamos cometido...
sexta-feira, janeiro 11, 2008
CHACRAS
As vezes me apanho tentando entender quem ou o que somos e neste ínterim, possuo percepções diversas da maioria das pessoas. Lampejos de consciência, abruptamente ocorrem em minha mente, dando a impressão de que entenderei a razão de nossas existências, mas no momento seguinte, as mesmas, como em um passe de mágica sem graça se dissipam. Pensadores ja disseram e, inclusive nas escrituras esta escrito que saber é sofrer. Porém garanto que chegar em um platô de percepção apos muito estudar, onde não se consegue assimilar a estrutura destas veracidades e, tendo apenas a frente um abismo eterno, é bem pior que isso. As vezes penso que todas as suposições e conjecturas pensadas acerca da razão da vida, sua dinâmica, muitas vezes estúpida, não passam de apenas suposições e conjecturas estúpidas mesmo, criadas pelo homem na esperança de se chegar a um denominador comum... Sendo assim, e as vezes achando que a verdade que se procura, de tão abstrata ou subjetiva que é, na verdade, é uma grande, gorda e sarcástica mentira. E se, de repente, todas as convenções, rituais, dogmas implantados se mostrem apenas como um absoluto nada, grande o bastante para nos engolir? será que teríamos estrutura para suportar a idéia de que talvez não sejamos nada mais do que o resultado de alguma experiência bem sucedida ou mesmo fracassada ao extremo ao ponto de termos ficados para trás diante de nossa própria sorte? Talvez os Deístas encontrem algum sentido nestas torpes linhas... Por outro lado, creio que vou ficar aqui em meu canto somente a observar, pois qualquer palpite que desse poderia me causar, no mínimo, um enorme desconforto...Vou me aquietar aqui neste meu canto a espera, quem sabe de uma nave, onde seu tripulante me explique a verdadeira razão desta desconectividade que é a vida humana e suas lamurias, ou quem sabe vou ficar aqui, realmente neste meu canto, a entoar um mantra tibetano na esperança de que pelo menos minha mente se acalme durante a espera do que eu nem mesmo sei...
terça-feira, janeiro 08, 2008
ZIUL OICANI ALUL AD AVLIS ←←←←
Existem algumas palavras no nosso "dialeto" as quais não gostamos muito de falar. Ocorre que em algumas ocasiões elas devem ser lembradas...vejamos. O que dizer destas: MENTIR, ILUDIR, CORRUPÇÃO, NÃO SEI DE NADA, NUNCA VI, NÃO HAVERÁ MAIS TAXAÇÃO... Segundo o Aurélio, MENTIR é: 1.Afirmar coisa que sabe ser contrária à verdade; 2.Errar no que diz ou conceitua. ILUDIR é 1.Produzir ilusão em; enganar, lograr; burlar. 2.Frustrar, baldar, defraudar: 3.Usar de subterfúgios para não cumprir; zombar...CORRUPÇÃO, NÃO SEI DE NADA, NUNCA VI, NÃO HAVERÁ MAIS TAXAÇÃO, com certeza já sabemos decor e salteado, nem é preciso recorrer ao "pai dos burros". Acontece que uma coisa que nosso digníssimo pajé não sabe é que estas palavras e as conseqüências que as mesmas causam já passaram dos limites e com certeza não agüentamos mais. Cuidado Sr. Pajé, pois a mesma corda com a qual vossa senhoria pensa que nos conduz poderá acabar te enforcando...Basta de cinismo!
BOERHAVIA PANICULATA
Solidão talvez não seja estar sozinho em uma ilha deserta. Solidão talvez seja estar junto de um mar de pessoas, na maioria idiotas e desconexas de alguma razão de viver e se sentir como um simples grão da areia deste mesmo mar, ou um grão de solidônia o qual pode ser levado pelo vento sem ao menos saber para onde vai. Talvez, solidão é saber que nao existe forma de expressar em palavras e de forma coerente nossos sentimentos, sejam eles quais forem... solidão é phoda!
CAVERNA DO PLATÃO DRAGÃO
Realmente, nada acontece de novo em nossas existencias vãs: como os habitantes da caverna de Platão, hoje habitamos nossas parcas e insossas salas e, de forma aconchegantemente idiota, nos prostramos diante da tv, a qual, semelhante à sombra na caverna que mostrava as disponibilidades da vida que não tinha sentido, deflete em clarões catódicos a mesma idiotice e a certeza de que não caminhamos para lugar nenhum...
ALGO SAIU ERRADO
Todas as convenções existentes são criadas pelo homem; as suas leis, as suas normas, as suas burocracias... Tudo feito pelo homem e para o homem, o mesmo homem que acredita ser um ser superior, que acredita estar acima das predisposições da própria natureza, a qual acaba sendo manipulada por este mesmo homem e em seu beneficio. Não acredito que a raça humana faça parte do contexto da existência em si; não faz sentido, pois nenhum animal transgride as prerrogativas inerentes à sua própria vida, nenhum animal devasta no intuito de visar lucros, nenhum animal caça pelo simples prazer de matar, nenhum animal cospe no próprio prato em que come. Outrossim, existem estes seres que carcomem a própria carne que lhes dá abrigo até que, exaurida, esta mesma carne cai por terra já morta, levando consigo estes hospedeiros que somente tomaram tua vida sem nada dar em troca. Como estes seres, estes vírus, a maioria de nós consome esta velha bolha azul que, inerte na imensidão do vazio, espera impávida o dia de dar o troco a estes pseudo-homens, mesmo que isto determine a extinção total...