quinta-feira, dezembro 16, 2010
Grito aos ventos. Peço por mim. Grito até desfalecer, até não aguentar mais, até ficar mudo; grito, ainda que as vezes, em silencio, mesmo que as vezes de forma ensurdecedora, mas ninguém me ouve, mas ninguém me entende. Clamo; meus olhos clamam; minhas mãos buscam e também clamam; meus pés cansados já não andam, mas ninguém me ouve, mas ninguém me entende. Nada mais faz sentido! ainda que diante da perfeição, minha imperfeição, não permite que eu entenda nada! Cansado, caio por terra; agora mudo; agora inerte; ainda só, perdido na imensidão dos mistérios, perdido diante das acabrunhas, de frente às falácias todas, destas incertezas que me carcomem; dos medos que me congelam; inerte e só, ali, jogado ao esmo, sofro um sofrimento que é só meu e de mais ninguém. O corpo sôfrego, cuja carne é impura, perene e imperfeito, dobra-se diante desta solidão. Este corpo triste e velho, já não aguenta e desmancha em pensamentos desconexos. Desculpa, mas não entendi a verdade, não entendi o que havia para ser entendido, ja que a compreensão desta minha existência nunca se manifestou de forma clara realmente, ainda que a percepção da minha existencia e do imenso vazio seja presente sempre. Desculpa, mas desisto!
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