domingo, junho 04, 2006

ENCKE


Errante, ele vaga pela imensidão negra e fria do éter, Por esta escuridão que é absorta e cega ele vaga, errante. Suas idas e vindas já ocorreram por incontáveis vezes, Sem mesmo nunca nos darmos conta. Imenso, mas invisível, já que o pó traiçoeiro lhe oculta, Flerta com quem mais próximo estiver, Não escolhendo quem possa ser o próximo. Como um vampiro louco, se deixa levar Pelo chamado da gravidade que desconhece o que faz. Atendendo a este chamado, invade a nossa casa indefesa E num golpe certeiro, Nos tira o chão e, ai, Já não existimos mais. Somos somente lembrança. Ou nem mesmo isso sobrou...