MODERNISMO
Talvez, realmente já se estivesse farto de seguir o mesmo caminho já tão carcomido pelo tempo e pelos dogmas enraizados que atavam e atravancavam as mãos, mentes e pincéis ávidos dos artistas que precederam ao movimento modernista. Talvez este movimento, que dentro de seus pretextos, revolucionou a arte no país e no mundo, tenha sido uma conseqüência pura de tais fatos, da vontade de se dar um basta final à antiguidade. O que se tem certeza é que muito se fez a partir do momento que se rompe com estas amarras e começa-se a criar com a razão, com a certeza de estar mais uma vez no caminho certo, buscando através desta razão o aperfeiçoamento da vida em si, a qual tenta ser retratada nos mínimos detalhes, nas cores difusas, nas pinceladas fortes e precisas, nos poemas sóbrios, nas luzes diferentes sobre um mesmo tema... Nunca mais haverá distancias tão grandes, pois a velocidade que se criou e que se vive depois deste rompimento, as encurtaram, afinal a maquina foi inventada e não há mais como se retroceder tal processo. Encara-se. Todos os problemas serão resolvidos, pensou alguém nos tempos perdidos do inicio do modernismo. Não haverá mais fome, pois a maquina cuidará da fabricação de alimento para todos, não haverá mais frio, pois a maquina construirá as casas e as roupas de que necessitamos, (se foi verdade, isso é uma outra história...) e finalmente, não haverá mais fome de arte, pois os seus artistas construíram asas alvas, límpidas e limpas de empecilhos do passado e com elas alçaram vôos cada vez mais distantes rumo à perfeita conexão do homem com ele mesmo...
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