domingo, setembro 17, 2006

PACHORRA


"As palavras surgem em minha mente mais rápido que minhas mãos as possam acompanhar e escreve-las... dai, muito se perde na imensidão da lentidão de meus gestos..."

quinta-feira, setembro 07, 2006

DEPRESSÃO


Estes últimos dias tenho sentido coisas estranhas: angustias sem razão, medos desapercebidos, vontade de chorar, de desaparecer...Me disseram ser depressão, não acreditei muito, pois não penso em dar cabo da minha existência e este é um sintoma clássico. Mas hoje tive mais um acabrunhamento e este, realmente me levou a perceber, mesmo que por um lapso de tempo, que sou um nada. Acho que ter síndrome de pânico até que teve seu valor, pois com o medo que tenho não seria capaz de me desligar de tudo e partir para a próxima etapa, mas sinceramente, gostaria de uma mão que me tirasse deste poço, pois ele é frio, escuro e apavorante...

JULIANE


Gostaria de envelhecer ao seu lado, mas acho que não me dei conta e envelheci primeiro, percebendo tarde demais que você não gostou do velhaças que me tornei...

JULIANE


"Queria ser levado para bem longe daqui...mas acho que não aguentaria as saudades suas..."

SOLARIUM


Um girassol sem sol não é nada e você é ele; não o girassol, mas o sol, que se não quiser ser mais o meu sol, deixará morrer, o girassol, que sou eu...

INDECISÃO


Talvez eu tenha que realmente ir embora. Ja fui outras vezes. Mas o triste é dar o primeiro passo...

ENGANO


Meus sonhos estão se perdendo e afundando como uma folha rubra em uma poça de falsidade qualquer...

CANSAÇO

(...) Tinha plena certeza de que o caminho era longo e pedregoso, mas a sua companhia me dava forças e animo para galgar meus sonhos. Agora, já não quero mais seguir adiante. Fico no meio do caminho e em forma de protesto, me aprumo aconchegante. Pelo menos isto deve ter me sobrado: a soberba dos loucos e incompreendidos...

INTERROMPIDO


Tenho síndrome de Pânico. Portanto, muitos medos! Mas o maior deles é ter que viver a minha vida sozinho. Estes dias, o chão tem sumido de meus pés!

domingo, setembro 03, 2006

INANIÇÃO

É impressionante saber que em um dos paises mais ricos do mundo, onde anualmente se batem recordes de produção em diversos setores, ainda possam existir desigualdades tão gritantes quanto as que vivem a maioria da população. Na verdade, nunca saímos do lugar, apenas o tempo passou por nós, dando-nos a impressão de modernidade. Somos os mesmos criados dos grandes senhores feudais, que ainda usurpam e sugam todas as forças de uma sociedade já cansada de tanto sofrimento. Uma sociedade que até poderia gritar por igualdade, posto que é na verdade o real poder da nação, mas que com a fome que sente, o máximo que consegue fazer é ficar calado...

PATRIA AMADA

Ainda que possam parecer utópicos os mecanismos sociais existentes no país; ainda que os mesmos tragam discussões acirradas acerca das finalidades a que se destinam, devemos, primeiramente e, de forma mais racional possível, mesmo que por trás de todas as tramóias que possam existir no mundo político, por todas as chamuscadas no semblante justo e democrático, acreditar que as intenções da política social deste país, possuam com certeza o seu valor. Não devemos deixar que todos os desvios milionários de recursos nos acabrunhem a ponto de achar que nada aqui funciona. Devemos sim acreditar, mesmo que em alguns poucos dirigentes existentes, que suas leis, ainda que pomposas e cheias de um barroco carcomido pelo tempo, possam trazer alento ao povo tão sofrido desta pátria. O singelo e pertinente desabafo em questão, tem por finalidade chamar a atenção, verificar e tomar ciência de que o Estado, ainda que as vezes se mostre lapso, possui mecanismos inteligentes e coerentes destinados a sustentação e manutenção da vida daqueles que o constitui, o povo em si, que contribui, mesmo que de forma compulsória, (!) para que tais mecanismos realmente funcionem, o povo constituído de cada cidadão, que merece ainda que não para si, mas para seus entes queridos, o reconhecimento de seus sacrifícios por este Brasil que também é deles.