quarta-feira, abril 23, 2008
(...) Alguns tremem suas mãos, mas, com desenvoltura, driblam as falácias da avançada idade a ponto de já nem perceberem os trejeitos que lhes derrubam o alimento; outros sentem o peso dos anos a ponto de arcarem quase que tombando. Olhos curiosos buscam os cantos na tentativa de encontrar o passado ja perdido e quase esquecido. Como pequenos organismos, mesmo que com cada uma de suas vidas próprias, não chegam a perceber que são apenas pequenas peças, diminutos blocos de uma construção divinamente maior. Alheios às necessitudes da dinâmica da vida, entregam estas suas na forma de um parco óleo, a fim de azeitarem as engrenagens da roda da existência. Fúteis desejos vagam em suas mentes na ânsia de um resgate utópico destas suas vidas que são incrivelmente vãs. Conversas são ouvidas em cada canto como se cada uma fosse a mais importante, aquela que nos salvaria a todos... Não precisamos de tanta comida; precisamos de acalento; precisamos de compreensão; precisamos de entendimento, não para estas nossas necessidades carcomidas pelo orgulho e mesquinharia, mas para que possamos, no minimo, nos aquietarmos e nos conformarmos de que na verdade não se necessita buscar nada, mesmo porque, não ha nada a ser buscado. Interessante é a vida em si, ou mesmo esta que achamos estar vivendo: cheia de encantos, buscas, necessidades, unica e exclusivamente criadas por nós e não por acharmos que verdadeiramente seja assim. Realmente a vida é para ser vivida, mesmo que não tenhamos sequer a idéia do que isto signifique... Porém, na minha sempre mal interpretada noção, acredito que mesmo diante de tanta incerteza, devemos pelo menos, sermos fiéis às nossas conjecturas, nossas crenças, tentando em todos os momentos, buscar alcançar o amor, o que, ao meu ver, é a unica verdade à nós creditada...
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