quinta-feira, agosto 03, 2006

ESTALO



A linha que separa a razão da insanidade é tênue, muito tênue. Com certeza, em vários momentos de nossas vidas, devido a vários fatores, a transpomos, para logo em seguida retornar ao estado "normal". Destes momentos, podemos aprender, ou apreender o conhecer de nós mesmos; nossos limites, nossos segredos mais íntimos, nossos medos e desejos. Psicanaliticamente, é possível afirmar que as experiências cotidianas nos empurram contra esta linha, de forma a nos acostumarmos a sempre voltarmos ao estado natural, porém e quando a transpomos definitivamente? Qual a consciência ou percepção que se terá da realidade? O que é realidade? Como discernir entre as potencialmente existentes? O que vivemos ou achamos que vivemos é a verdadeira realidade, ou será que não passa de acalentos soturnos que nos engabelam de forma a acharmos que tudo está bem? E se o que vemos não é o que vemos, se não possuímos realmente estes nossos corpos cansados e aquebrantados?. Todos temos um pouco de loucos, ou seremos loucos com um pouco de seja lá o que? A Realidade é relativa e percebe-la dependerá do ponto de vista do observador, do agente participante, mas nunca poderemos compara-los, posto que não se vê com os olhos dos outros. Resta então a esperança de que o que vivemos seja "realmente" o que devemos viver e torcer para não enlouquecer, no verdadeiro sentido da palavra...